Segunda-feira, 18 de Outubro de 2010
O “eu sou”, é compreensível e admirável. Ele te socorre nas suas angústias, te livra de ser pisado e incompreendido, defende sua auto-estima. Mas até que ponto ele pode ser contrariado, se é o seu melhor amigo?
Muitas pessoas, ou porque não dizer, todos os seres humanos lutam, dentro de si, para serem aceitos, amados, compreendidos. Mas imagine só: e quando esse “eu sou” te engana? E se ele te trai? Se te rejeita? O que você faz?
Quando tudo parece estar bem, as circunstâncias da vida fazem com que você reflita e veja que, a sua decisão, não foi a melhor, a mais adequada. Chegam até você, por terceiros, algumas realidades sobre o seu comportamento, sobre quem você é - e você considerava estar bastante longe disso. E agora?
A primeira reação é ver assim: “Os terceiros” não sabem das coisas muito bem. Eles estão vendo errado! Eu sei mais sobre mim do que eles! Eu me vejo e me conheço a anos!!! E eles, agora, querem colocar moral, por uma simples atitude descuidada? Não, isso é uma farsa, uma mentira!
Depois, caso você reconhece, se sente traída por quem é seu melhor amigo – o “eu sou”! E o pior, ele agora te deixou na mão! Te seduziu a tomar certas atitudes contrarias aos seus princípios. E o engraçado é que você não percebeu que, sagazmente, foi instigada a ir contra o que era o melhor para você.
Aparece a verdade, como seu pior inimigo! Te confronta de tal maneira que a sensação é a de estar no inferno – você pensa que ela veio para te destruir por dentro, destruir com seu “melhor amigo” – o “eu sou”- que era “infalível”, no seu ponto de vista.
Com quem devo contar? Por quê aconteceu desse jeito? Meu amigo tornou-se meu inimigo! Daí você se pergunta: quem sou eu? Cadê aquilo que eu pensava ser? Não é real? Não pode ser!!!!
Eu pensava ser uma pessoa totalmente diferente do que os outros estão me dizendo. Será verdade? Será que estava me enganando?
É infelizmente, tenho atendido muitas pessoas que estão decepcionadas consigo mesmas. Pensavam que estavam tendo sucesso mas, no fundo, estavam caminhando à beira da morte. E a prova disso não era o que eu pensava sobre elas, mas sim, suas próprias palavras e vidas.
Comportamento repreensível: Anos de igreja, mas nunca pararam e pensaram. Sempre acharam que o seu “eu sou” era capaz e suficiente para avisá-las do que era certo ou errado. Imprudentemente, foram influenciadas a cometer vários erros.
O “eu sou”, mais conhecido na Bíblia como “coração”, é desesperadamente corrupto. Ele engana, diz que está tudo bem, mas não está!
Enquanto estivermos neste mundo, estaremos sendo ameaçados por quem parece ser o nosso melhor amigo. Com ele nos defendemos, nos entregamos e até mesmo satisfazemos seus desejos - e quando você vai em contra dele, naturalmente ele se rebela. A verdade é mentira. O certo é errado. A certeza é dúvida e assim por diante. Tudo que é certo, se torna errado.
Sabe o que acontece?
Quem der ouvidos a esse instinto que nos ameaça, é enganado e infeliz. A prova é a vida incompleta que vive. É um pedaço do inferno, não apenas por fora, mas dentro.
Você quer ser enganada? Não?!
Então não confie em si mesmo, lute contra a rebeldia que faz parte de sua natureza.