A vida de um cristão começa no dia de sua salvação!
Porém muitos cristãos frequentemente falam sobre uma espécie de dificuldade espiritual: algumas vezes sentem-se secos e sem entusiasmo; outras vezes sentem-se felizes e exultantes. Anseiam por um meio de vencer a vida seca e preservar a vida feliz e exultante.
Consequentemente, muitos sentem que sua vida está flutuando, pois parece não haver diferença entre orar e não orar; a Bíblia parece ser meras palavras impressas. Sentem que é errado não irem a igreja, mas quando o fazem, não sentem a presença de Deus.
Quando recebemos o Senhor Jesus como nosso Salvador pessoal, passamos a ter a vida eterna. Este é o dia mais feliz da nossa vida. Esta felicidade será perpétua? Não, este sentimento durará por apenas algum tempo, pois depois de certo período de tempo, embora a pessoa leia as Escrituras, ore e se aproxime de Deus como sempre o fez, ela pode sentir que sua alegria não é tanta como era logo após ter sido salva.
Nesta conjuntura, o diabo vem e fala: “Você está enganado; você não foi salvo”. Imaginamos ter cometido algum pecado para sentirmo-nos assim, mas ao mesmo tempo, não conseguimos notar nenhum indício de pecado.
Há um erro fundamental e um sério mal entendido em relação à experiência espiritual. Temos a impressão de que o que sentimos reflete o auge ou a queda em nossa vida espiritual. Por exemplo, suponhamos que eu perdi um relógio. Quando o encontro, fico feliz, mas após quatro ou cinco dias não tenho mais a mesma felicidade que tive ao encontrá-lo. Embora não tenha mais o mesmo sentimento de felicidade, meu relógio não foi perdido novamente. O que perdi foi o sentimento de felicidade da época em que o encontrei. Quando encontra o Salvador, você é salvo e não há como não ser feliz. Não só você está feliz; Deus também se regozija por sua causa. Se uma pessoa não se alegra ao ser salva, temo que ela ainda não tenha encontrado o Salvador.
De fato, você teve alegria quando foi salvo, mas este sentimento logo se foi, e você pode pensar que perdeu o que havia adquirido. Na verdade, o que um cristão sente é meramente sua condição de acordo com o seu sentimento, e isto não pode ser considerado como uma medida no julgamento da verdadeira condição de sua vida espiritual.
Às vezes agimos com uma criança que pensa que o sol desapareceu quando veio as nuvens. Se um cristão viver em seus sentimentos, seu céu sempre mudará e estará frequentemente coberto por nuvens. Por outro lado, se viver pela fé, seu céu nunca mudará, pois ele viverá acima das nuvens do sentimento e não dentro delas.
Por: Bispo Antonio Bulhões
Data: sexta, 29 de Abril de 2012 às 18:23