publicado em 07/04/2013 às 04h50.
Rumores de guerras no ar. E guerras que envolvem vários países, num cenário pré-apocalíptico.
O jovem ditador Kim Jung-un, que em 2011 herdou a liderança da Coreia do Norte de seu pai, Kim-Jong-il, provoca publicamente os Estados Unidos e a Coreia do Sul, divulgando que a guerra com os dois países, aliados entre si, está declarada. O mundo acompanha o noticiário internacional temeroso de um ataque que pode começar a qualquer momento. Grande parte do temor vem do fato de os norte-coreanos usarem armas nucleares, como os mísseis balísticos de Taepodong 2, cujo alcance pode chegar a quase 7 mil quilômetros.
Forças norte-americanas e sul-coreanas, assim como as de outros países asiáticos das proximidades, já mobilizam boa parte de seu contingente militar e estão de prontidão para um eventual ataque.
De Pyongyang, Kim-Jong-um já avisou para que as embaixadas de vários países – inclusive o Brasil – sejam evacuadas, e ofereceu a logística necessária à retirada dos diplomatas. A inteligência sul-coreana divulgou informes de que dois Taepodong 2 estão sendo transportados para lançamento.
Provocações norte-coreanas contra o vizinho sulista não são novidades desde a Guerra da Coreia, na década de 1950. Só que, dessa vez, Pyongyang ameaçou os Estados Unidos, usando como pretexto testes militares que o país do presidente Barack Obama realizou recentemente com a Coreia do Sul. Dessa vez, também, há outro agravante. Geralmente quieto diante de provocações do norte, o sul mandou de sua capital, Seul, o aviso de que o revidará com todas as forças.
Como tudo começou
No início do século 20, o Japão imperial cobiçava a Coreia. Declarou-a seu protetorado em 1905 e a anexou ao seu território em 1910, não sem antes maltratarem os militares adversários e civis com mão de ferro durante a lei marcial (como a execução na foto abaixo). No final da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos e a União Soviética chegaram a um acordo de ocupação da Coreia quando vencessem o Japão, que integrava o Eixo com a Alemanha e a Itália.
Os japoneses se renderam em agosto de 1945, após os ataques atômicos norte-americanos às cidades de Hiroshima e Nagasaki. Dividindo a Coreia ao meio no paralelo 38, os Estados Unidos ocuparam o sul, enquanto as tropas soviéticas ficaram com o norte.
Como sabemos, estadunidenses e soviéticos tornaram-se adversários, o que originaria a chamada Guerra Fria. As negociações para reunificação coreana falharam.
Em agosto de 1948, o líder coreano do governo provisório da parte sul do país, Syngman Rhee, aproveitou-se do imbróglio entre as duas maiores superpotências do pós-guerra e declarou a República da Coreia do Sul, fazendo de Seul sua capital. No norte, em setembro, Kim Il-sung, o outro governante provisório, proclamou a República Popular Democrática da Coreia. Nenhum dos lados aceitou a legitimidade do outro.
Em 1950, a Coreia do Norte invadiu a do Sul, iniciando a Guerra da Coreia. Seul pediu socorro à Organização das Nações Unidas (ONU) e o obteve assim que a capital foi invadida, em 28 de junho. Tropas dos Estados Unidos recuperaram o Sul e avançaram rumo ao Norte, alcançando Pyongyang. A fronteiriça China entrou na guerra, e também avançou pelo Norte. Em 27 de julho de 1953, após 2 anos de negociações, Estados Unidos, Coreia do Norte e China chegam ao armistício, ainda que não tenham feito um acordo de paz. Rheel estava bem longe de ser um pacifista (como mostra a foto acima, de militares sul-coreanos executados por seu próprio exército por suspeita de simpatizarem com a esquerda do Norte). A guerra poderia ter acabado antes, se ele abrisse mão de sua intenção de ser o líder de uma Coreia reunificada. A ele não interessava exatamente a paz, e sim a vitória.
Enquanto isso, civis de ambos os lados sofriam pelos horrores causados pela guerra.
As hostilidades entre Sul e Norte continuaram, ainda que sem o uso explícito de armas. Ambos os países chegaram a fazer uma declaração conjunta em 1991 para manter a península coreana livre de armas nucleares. Após suspeitas de que aderira ao tratado somente na teoria e desenvolvia
às escondidas um programa nuclear, o Norte desistiu oficialmente do tratado em 1993. Kim Il-sung morreu no ano seguinte e seu filho e sucessor, Kim Jong-il, fez um acordo com os Estados Unidos para paralisar seu programa nuclear, em troca de ajuda financeira (que foi cortada agora, diante das ameaças).
Aparente cooperação
Em 2000, ambos os países assinaram acordos de cooperação. Famílias divididas desde a guerra puderam se reunir. No paralelo 38, divisa entre os dois países, unidades fabris conjuntas passaram a empregar funcionários de ambos os lados.
Em 2002, os ânimos voltaram a esquentar entre os vizinhos coreanos. O então presidente norte-americano George W. Bush declarou o Norte como parte do que chamou “Eixo do Mal”. Norte e Sul se enfrentaram no Mar Amarelo e marinheiros de ambos os lados morreram no confronto. No ano seguinte, o Norte novamente foi acusado de manter o programa nuclear e novamente se retirou do tratado de não proliferação nuclear. Pior: assumiu ter bombas nucleares em 2005, e começou a realizar testes, para temor do mundo.
Seguiram-se testes nucleares cada vez mais potentes, assim como novos confrontos marítimos com baixas, inclusive de civis.
Em 2010, o mundo assistiu pelos noticiários ao funeral de Kim Jong-il, deixando o governo para o filho, Kim Jong-un, de apenas 30 anos de idade. A comunidade internacional esperava que o novo governante retomasse as negociações de paz, mas aconteceu justamente o contrário. A situação piorou até o início de 2013. A Coreia do Norte começou novos testes nucleares, reativou o reator de uma poderosa usina e lançou um foguete ao espaço com a declaração de que lançava um satélite – o que, para os Estados Unidos, era mais um teste militar disfarçado.
Em 29 de março último, Pyongyang declarou que entrou em estado de guerra com o Sul, deflagrando a crise atual. Agora diz que também atacará os Estados Unidos, que já mandaram suas tropas para o Pacífico em medida aparentemente preventiva em relação a um ataque com um míssil Taepodong (como o do desenho acima).
Embora um Taepodong 2 só possa atingir territórios norte-americanos como a pequena ilha de Guam e o estado do Havaí, ambos no Pacífico, e a ponta do estado do Alasca, ao noroeste do Canadá, a Casa Branca e o Pentágono mobilizaram o que há de mais moderno em equipamento bélico, como alguns de seus maiores porta-aviões (que levam a bordo poderosos caças como o bombardeiro B2, da foto acima e o ágil F-22 Raptor, da foto abaixo, ambos com tecnologia Stealth, que os torna praticamente indetectáveis por radar).
Além dos veículos, os Estados Unidos já instalaram sistemas antimísseis de grande eficiência, guiados por satélites, como o THAAD, sigla em inglês para Defesa Aérea a Grande Altitude, que proporciona várias camadas de proteção e atinge os mísseis inimigos em pleno ar (vídeo abaixo).
Kim Jong-um ordenou a retirada dos operários sul-coreanos do território nortista no paralelo 38 no início desta semana. Militares e civis de Pyongyang fazem manifestações contra Estados Unidos e Coreia do Sul nas ruas da cidade.
Analistas internacionais dizem que é somente mais uma bravata do ditador norte-coreano, embora mais dramatizada, que não dará em nada. Mas a resposta inflamada dos sulistas e a presença dos norte-americanos no Pacífico atemorizam a comunidade internacional, principalmente países próximos, como o Japão, a Rússia e a China. A última, aliás, resolveu adotar a postura da “turma do deixa disso”, e pediu publicamente para que as Coreias e os Estados Unidos negociem a paz. Porém, como “seguro morreu de velho”, mobilizou tropas e equipamentos para a fronteira.
Seul leva a provocação a sério, e já prometeu publicamente uma “resposta violenta e imediata”, palavras da presidente Park Geun-hye, cujo ministro de Defesa já a aconselhou até mesmo quanto a ataques preventivos a instalações militares do Norte.
Profecias
Analistas de vários países mostram-se céticos quanto a uma guerra de grandes proporções, pois a resposta norte-americana seria fulminante. Entretanto, o perigo nuclear, ainda que esteja somente no campo das ameaças, não é algo a se desconsiderar.
Mais dignas de confiança que esses especialistas internacionais, as Escrituras já nos advertiam sobre os rumores de violência:
“E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim.
Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares.
Mas todas estas coisas são o princípio de dores.” Mateus 24:6-8
Rumores não infundados. Não fazem parte exatamente da grande guerra definitiva do Apocalipse. Mas, como o “princípio de dores” citado no trecho bíblico, são acontecimentos que anunciam um fim que não está longe. Um sinal do que está por vir.
Nação contra nação é a causa de uma guerra. Fome e pestes, consequências dela. Desequilíbrio da natureza também – principalmente quando falamos em efeitos de explosões nucleares, que perduram por milhares de anos, prejudicando gerações e gerações.
Reino contra reino. O Apocalipse também é claro quando fala em conflitos internacionais. Disso trata a reunião ministrada pelo bispo Macedo todos os domingos, às 18h, o Estudo do Apocalipse.
Nela, se fala não só das profecias, mas de como podemos estar prontos para o arrebatamento, a Salvação, caminhando com retidão, segundo os preceitos de Deus, ensinados pelo Senhor Jesus.
O Estudo do Apocalipse é transmitido para outros templos da IURD por videoconferência, pela IURD TV, na internet, e pela Rede Aleluia, no rádio (99,3 FM - em São Paulo).
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