Recentemente, ouvi de alguém que eu amedronto algumas pessoas, que elas preferem me evitar e se sentem melhor com ela. Ela não quis dar nomes e eu, na verdade, nem perguntei, fiquei na minha e levei o assunto para dentro de mim…
Como assim?
No universo que vivo diariamente, tudo que faço e penso é focado na mulher. Sou uma pessoa perceptiva e vejo coisas que muita gente não vê, não porque quero achar pêlo em ovo, mas porque para fazer o que tenho prazer em fazer, preciso entender o porquê das coisas.
O porquê da mulher ter tanto problema de baixa autoestima, o porquê de ela tão facilmente se isolar das outras, o porquê de ela não aceitar certos princípios que fariam de sua vida tão mais agradável. E nessa de perguntar, reparar e focar – sem querer – me tornei uma mulher bem mais racional.
Nisso me diferencio de muitas mulheres, não porque quero ser melhor que elas, mas porque não me envolvo mais com as minhas emoções. Sou indiferente com as coisas que, um bom tempo atrás, eram muito importantes para mim como: “O que pensam de mim? Será que estou agradando? Por que ela não fala comigo? Por que ela gosta mais da outra do que de mim? O que tem de errado comigo? Do jeito que ela me olha, será que ela não gosta de mim?”
E nessa minha indiferença a essas questões, me tornei insensível.
Quando lido com um assunto, vou direto ao ponto. Quando há um problema, procuro ser prática a respeito. E por eu ser focada nos objetivos, que para mim são mais importantes do que probleminhas de “disse me disse”, não ligo tanto para detalhes que facilmente são mal interpretados por mulheres que são mais sensíveis a essas coisas.
Sou contra elas? De jeito nenhum! Pelo contrário, vivo e respiro pensando em como ajudá-las a não serem reféns de suas emoções. Mas esse é o preço que tenho que pagar: para poder ajudá-las, não posso ser como elas, não posso ser sensível nem me perder num mundo que demorei tanto para sair…
Querida amiga, me desculpe se, às vezes, quando escrevo ou falo sou mais “bruta” do que você esperava que eu fosse, mas é assim que consigo fazer o que faço por você. Me desculpe se a impressão que passo é que não tenho tempo para você, mas para que tudo isso que você desfruta do meu trabalho possa acontecer, não tenho como mudar isso. Me desculpe se você se sente confrontada por mim quando lhe digo a verdade crua e nua, mas não quero lhe ferir, e sim lhe despertar, e para isso, só sei desse jeito. Me desculpe se você tem medo de falar comigo, não é minha intenção atacá-la, mas se tiver que falar algo, falarei, e se isso doer, que doa agora para nunca mais doer. Me desculpe se eu não meço esforços em reportar um erro que pode prejudicar você e outras pessoas – minha consciência não me deixa fingir não ver algo que possa prejudicar muito mais pessoas.
Eu normalmente não lhe peço nada, mas hoje quero lhe pedir uma coisa: que me deixe continuar assim, pois é assim que consigo fazer e me realizar no que faço hoje.
Na fé.
PS. Ontem à noite, tivemos o prazer de receber no Templo de Salomão alguns atores das novelas “Os Dez Mandamentos” e “Terra Prometida”. Fotos a seguir