As pessoas reagem de maneiras diferentes à verdade. Alguns não querem aceitar que aquilo que creram a vida toda, que seus pais também creram, e tantos outros creem, esteja errado. Admitir isso dói muito. Para algumas pessoas, a possibilidade nem entra em suas cabeças. Não conseguem processar a informação de forma racional e reagem emotivamente: “Não, não acredito não. Por que você tem que atacar a minha religião?” O apóstolo Paulo disse a essas pessoas:
Tornei-me, porventura, vosso inimigo, por vos dizer a verdade? Gálatas 4.16
Às vezes a maneira mais rápida de fazer um inimigo é dizer a verdade.
Felizmente, outros reagem de forma contrária: amam quem lhes disse a verdade e se revoltam contra a mentira que acreditaram a vida toda. Foi isso o que aconteceu comigo, e mais ainda com meu irmão.
Diante
daquela bomba atômica que fez desmoronar a nossa fé católica, ele não conseguiu se conter. Nós trabalhávamos na empresa de nosso pai, e nossa mesa de trabalho ficava a apenas alguns passos da imagem da Senhora Aparecida, de quem ele era devoto. Fixa no alto da parede, trabalhávamos sob os olhos (que agora descobrimos
não viam nada) da estátua de quase meio metro de altura.
Não sei exatamente o que se passava na cabeça do meu irmão, mas creio que de repente, tudo veio à tona para ele. Os anos que estudou em colégios de freiras, o catecismo que fez, a primeira comunhão, os terços que rezou, as missas, as romarias… e apesar de toda aquela devoção,
a tragédia ainda invadiu nossa família. Eu estava com raiva, mas ele muito mais.
Num daqueles dias, durante o break do café, quando todos saíram da oficina e meu pai estava ausente visitando clientes, meu irmão decidiu fazer justiça com as próprias mãos: pegou uma escada, subiu até onde estava a santa, colocou-a debaixo do braço e desceu. Antes que eu tivesse tempo de lhe perguntar, “O que você está fazendo?” — ele, uma mão segurando a cabeça da estátua e a outra os pés, levantou-a acima da cabeça e a jogou com força no chão! Pedaços de gesso para todos os lados e eu com a cara de quem tinha visto um fantasma.
Dentro de mim, uma mistura de prazer e medo ao mesmo tempo: “Isso mesmo, vamos acabar com essa farsa!” “Ai meu Deus, como vamos explicar isso para o pai?”
Como era de se esperar, meu pai reagiu emocionalmente. Em vez de querer uma explicação, exigiu como punição que meu irmão comprasse outra do próprio bolso. Mas como o bolso dele não estava muito cheio, só conseguiu comprar uma do tamanho de um palmo. Insatisfeito, lá foi meu pai de novo até a Aparecida do Norte e comprou outra estátua, desta vez maior que a anterior…
“Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus.” Êxodo 20:3-5
Passariam ainda mais sete anos até meu pai um dia despertar para a verdade e decidir fazer o mesmo com a nova estátua. Foi quando seus olhos se abriram e ele, também, conheceu a Palavra de Deus.
Essa experiência me ensinou duas coisas:
- As pessoas estão mais apegadas à sua religião do que a Deus. A religião cega as pessoas. Conhecer a Palavra de Deus lhes abre os olhos. O problema é quando os cegos acham que veem. Resistem a verdade até a morte. Veja o que Jesus falou sobre eles em João 9:39-41
- O risco de insulto é o preço da verdade. O que faremos com esta verdade que está oculta aos olhos de milhões de católicos no mundo? Devemos guardá-la para não ofendê-los? Devemos ser politicamente corretos? Deixá-los passar para a eternidade confiando nas velas, nas indulgências, nos santos e nas missas para tirar os mortos do purgatório? Há quem defenda essa posição. Já eu não conseguiria dormir em paz nem comparecer diante do trono do meu Deus com boa consciência se fizesse isso.
Dito isso, deixo bem claro: atacar a religião de outras pessoas é errado e ninguém deve fazê-lo. Respeito todos os católicos e pessoas com ou sem religião como seres humanos. Somos gente, antes de mais nada.
Minha mensagem para quem tem a Bíblia como o livro central de sua fé é a seguinte: leia-a. Medite nela. Entenda a Palavra de Deus por si mesmo. Não dependa de terceiros para fazerem isso por você. Confira nas Escrituras o que qualquer papa, pastor, bispo, padre, ou apóstolo diz. Não arrisque sua alma nas mãos de ninguém.
Quanto a mim, diante do que li na Bíblia, a minha inteligência não me permitiu continuar no catolicismo.
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