Re-post. Uma coisa que se houve muito na Universal é sobre os heróis da Fé. Jesus! Quantas campanhas já participei com os mais diversos nomes… Na coragem de Gideão, na fé de Abraão, na comunhão como Davi… são tantos que enjoei de ouvir. Na verdade nem o velho testamento leio mais, por já saber a história deles de trás pra frente.
Algumas pessoas ainda não conseguem enxergar Abraão como pai da fé. Elas precisam de alguém pra se fixar, de carne e osso, pra saber como é estar na fé. Simbolismos vemos de montam… eu também via.
Minha familia era espírita. Não sei como aconteceu o início desse envolvimento. Quando criança via, minha mãe, vó e tias se envolverem com espiritismo. Um dia na minha casa, minha mãe e tia trouxeram uma galinha e um pato. Eu queria chegar da escola só pra brincar com elas. Não eram animais comuns… eram especiais… o sangue deles seria derramado dentro da cabeça de minha mãe e minha tia.
Numa madrugada sou acordado, me arrumaram e fui para frente do prédio onde morava e pegamos um ônibus azul… tinha gente lá que nunca tinha visto na vida.
Me lembro que alguém tinha escolhido um lugar pra eu me sentar e um senhor, gordinho, de voz grave, todos o chamavam de SR. JACARÉ… ele era pai de santo. Me olhou e envolveu meu pescoço com uma guia de bolas grandes e de madeira escura, olhou pra mim e disse: – Tu é preto velho! Percebi que a única criança que tinha aquela guia era eu.
O ônibus partiu, fez uma parada na casa do sr. jacaré. De lá o ônibus pegou uma estrada que não tinha fim e mato para tudo que é lado, o dia vai amanhecendo.
Ainda com sono, depois de uma caminhada chegamos a um local lindo, parecia a Floresta da Tijuca. Muito verde, aquele cheiro gostoso da manhã, uma caixoeira, uma gruta um corredor entre a gruta e uma portinha branca que eu não podia passar.
Eu queria brincar com meus coleguinhas, as crianças que vieram no ônibus. Curioso queria saber o que os adultos estavam fazendo. Sr. Jacaré estava abrindo uma bolsa e tirando de lá dois bracinhos de gesso coloridos… após tirou um santo… reconheci de cara… era o jesus, que ao colocar os bracinhos ficava de braços abertos… daí vi também tirar o tal de preto velho e outros santos da bolsa.
Derrepente começou a batucada… e nós crianças não podíamos ficar olhando… mas eu via tudo… nossos pais se deitando no chão, rolando sobre um pano branco… e indo para aquele corredor entre a gruta que falei anteriormente… lá eu não podia ir. Procurei minha mãe e quando a vi, ela não podeia me olhar, estava com um pano na cabeça (um turbante) e ficou com ele durante dias. Ela tinha “feito a cabeça” que na verdade é quando a pessoa inicia no candomblé, pra ser filho de santo, raspam o centro da cabeça e coloca sobre o corte o sangue do animal da entidade pediu.
——– CONCLUSÃO———
Assim como minha mãe, muitas pessoas passam ou já passaram por isso. São pessoas da descendência de Tomé… só acredita vendo. Precisa se apegar aum algo que ao seus olhos parece concreto. Deus pode não existe em corpo, mas num terreiro um deus se manifesta diante de seus olhos. Por isso crêem. Chama-se de cegueira espiritual.
Se uma pessoa de sã consciência teria nojo em comer um pedaço de carne que estivesse no chão, numa esquina qualquer, no candomblé ela faria. Por um motivo simples… A entidade ou o pai de santo, são os pais da fé de quem se entrega ao ritual. O espirita não ousaria desobedecer uma entidade. Se a entidade disser: – Nunca mais usará roupa preta! Nunca mais o usará, pode ter certeza.
E durante anos eu vi, minha familia, além de fazer cabeça, fazer outras coisas, tão nojentas que é de embrulhar o estômago até pra eu que estou escrevendo.
Graças a Deus minha mãe alguns anos depois se converteu, logo depois minha avó, menos minha tia… pena. Minha mãe descobriu depois de muitos anos queo senhor jacaré, tinha se tornado pastor jacaré. Amém. Esse não devora mais ninguém (risos).
PRA VOCÊ QUE LEU O POST, ATÉ AQUI. EU TE PERGUNTO: -QUEM É SEU PAI DA FÉ?
EU TENHO O MEU.