Se um casal decide pautar a sua vida segundo os preceitos narrados na Bíblia, o seu lar só se pode tornar feliz: “Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos! Do trabalho das tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem. Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa. Eis como será abençoado o homem que teme ao SENHOR!” (Salmos 128.1-4).
Uma pessoa convertida a Jesus tem n’Ele o seu maior amor e riqueza. A esposa, os filhos, os pais, os amigos, o dinheiro, os bens patrimoniais e tudo o resto é relegado para segundo plano e quando dizemos isto não se trata de um plano teórico, mas sucede nos aspectos práticos da vida de todas as pessoas que se convertem a Jesus.
Convém que o casal viva a fé que professa, já que é desta comunhão diária com Deus que irá depender o respeito mútuo e a paz na forma como se relacionam. A maior parte dos casais acredita que quando o casamento não vai bem é porque o amor está a arrefecer ou a perder a força, mas isso nem sempre é verdade. Na verdade, duvido muito que isto aconteça quando o casal mantém uma comunhão estreita com Deus. Por isso creia que se você viver em perfeita comunhão com Deus, também viverá com a sua metade.
Concretizar
É muito habitual escutar as pessoas dizer que são as “pequenas contas” que acabam por perfazer os grandes rombos no orçamento familiar. De facto, existe uma tendência para não ligar aos números pequenos e dar atenção apenas aos grandes, contudo, é importante não cair neste erro já que o planeamento que fazemos, para ser o mais exacto possível, deverá passar por números e propostas concretas. Na verdade, as generalizações só provocam confusão e induzem o casal em erro. Por isso, quando elaborar o seu plano financeiro familiar faça-o sobre números específicos e não um cenário fictício.
Os números sobre a mesa
Quando duas vidas se unem é ilusório pensar que apenas trazem para a relação coisas boas, ou seja, é natural que dois adultos que se unem tenham já um background, uma vida. E esta vida implica um percurso e este percurso poderá implicar muitas atitudes (certas ou erradas) tomadas. Estudar, comprar casa, carro, investir, tudo isso implica gastar dinheiro e, na maior parte das vezes, gasta-se dinheiro que não se tem. Ou seja, muitas vezes, quando duas pessoas se unem para formar um casal já o fazem tendo, individualmente, dívidas. Desta forma, é importante que ambos conheçam tanto os ordenados como as dívidas um do outro para não haver “surpresas” e haja, acima de tudo, sinceridade e honestidade um para com o outro.
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Flexibilidade
Como já foi referido, seguir um plano é fundamental, porém, saber lidar com os imprevistos que surgem à medida que o mesmo é aplicado, ou seja, ao longo da vida, é igualmente importante. A esta capacidade ou habilidade chama-se de flexibilidade e ser flexível é mais do que uma qualidade, é uma arte, pois não é qualquer pessoa que se sabe adaptar às diferentes situações que surgem. Para isto, é preciso que a pessoa saiba considerar os interesses e a importância da outra metade do casal.
Comunicação
Este é um factor crucial para que uma relação corra bem. A comunicação é preponderante porque é a ponte que se vai estabelecer entre duas pessoas que, aparentemente, não se estão a entender sobre determinado assunto. É comunicando que o casal vai ter a possibilidade de falar sobre a sua situação económica, como também discutir os temas que estão pendentes. Se o casal souber comunicar é meio caminho andado para resolver as suas questões, em qualquer área que elas surjam.
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Projectos a longo prazo
Actualmente, para a população em geral, este é considerado como um dos piores momentos para manter ou sequer apostar nos projectos a longo prazo, já que a tão propagada crise tem feito com que os planos apenas se reduzam ao futuro mais próximo. Todavia, todos os casais devem ter projectos a longo prazo, que podem ser desde um fundo de investimento, até uma viagem ou passando pela compra de uma casa nova.
Estabelecer prioridades
Para um casal estar bem, em qualquer área, primeiro, terá de agir como se de uma pessoa só se tratasse, ou seja, tem de haver união e esta unidade traduz-se num acordo mútuo, compreensão e entendimento em todos os aspectos e decisões tomadas. Estas decisões revelam-se especialmente no estabelecimento de prioridades, ou seja, o que é mais importante terá de ir para o topo da lista sem que se faça concessões em prol de caprichos individuais. A partir do momento em que se dá importância aos interesses individuais de cada um e não do casal como um todo este começa a perder a sua identidade e força.
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Revisão
De nada vale ter um plano financeiro se você não pretender cumpri-lo, por isso é que esta é uma das etapas mais importantes quando se trata de evitar que os problemas económicos afectem a sua relação afectiva. Só quando supervisionados é que os planos financeiros, de facto, funcionam. Os frutos desta supervisão podem ter de resultar num reajustamento de aspectos que possam estar a falhar no seu plano financeiro ou de formas de melhorá-lo para que possa rentabilizar as suas finanças. Certifique-se de que o seu plano é realista e actue sobre o mesmo.
Seja positivo!
Discutir excessivamente sobre um tema apenas cria descontentamento e frustração, especialmente se as discussões apenas colocam em evidência os aspectos negativos. Desta feita, os comentários negativos sobre a situação económica, uma vez já discutida, só servem para criar mal-estar. Por isso, em tudo na vida, seja sempre positivo, recorrendo à fé sempre que sinta que as suas forças físicas não sejam suficientes para suplantar o seu problema, quanto mais não seja porque o negativismo nada de bom produz ou atrai, sem ser mais situações que causem mais mal-estar.
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1ªParte!
É um “mal necessário” segundo o senso comum, mas todos concordam que, sem ele, é impossível viver neste Mundo. Na verdade, o dinheiro (ou a falta dele), tanto pode unir como desunir, mas existem maneiras de evitar que os problemas económicos afectem a sua relação afectiva!
Equilíbrio
Reduzir, manter ou aumentar os gastos é o grande dilema que está no cerne da manutenção ou quebra do equilíbrio financeiro de um casal ou família. No entanto, uma coisa é certa, é bom ser precavido, mas de vez em quando também é bom dar-se a si mesmo ou ao seu companheiro/a um prémio e para isso é necessário aprender a ser flexível. Não seja “devotado” ao dinheiro, mas também não seja um esbanjador. Lembre-se sempre de que o dinheiro existe para servir ao ser humano e não o oposto. Na verdade, a Bíblia já diz que “…o amor ao dinheiro é raiz de todos os males…”(1Tm 6.10) e um desses grandes males é a pessoa desviar-se da fé, já que a cobiça é a “filha” do amor ao dinheiro.
Elaboração de um plano financeiro familiar
A grande maioria das pessoas vive de um rendimento mensal fixo, ou seja, de um salário. E, quando o recebe, a rotina habitual é “fazer contas à vida”. Separar o dízimo e pagar as contas fixas como a renda de casa, a água, a luz, o gás faz parte das obrigações mensais de qualquer casal, contudo, existem outras que são inesperadas e que por vezes podem causar rombos nas suas contas. Por isso, é muito importante elaborar um plano financeiro, ou seja, de um lado colocar as despesas e do outro os ganhos e tentar equilibrar os mesmos.
Por seu Servo em Cristo, Bp. Júlio Freitas
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