Em vários países da África, há um pacto realizado, na feitiçaria, que tem como finalidade a entrega de vidas em troca de bens. Em Angola, por exemplo, esse pacto se chama Maiombola; em Moçambique, Kuthaca; em cada país africano, um nome diferente. Dependendo do objetivo que a pessoa almeja, ela terá que entregar alguém que ame muito. Esse alguém deve ser muito próximo, da família, que tenha o mesmo sangue. Dependendo do que se deseja, é necessário que o irmão entregue a irmã, que filhos entreguem seus pais, que pais vendam os seus filhos, e isto é muito comum por aqui.
Uma senhora conta que foi vendida aos espíritos pelo pai, quando tinha 12 anos, em troca de riquezas. Neste caso, o pacto é feito da seguinte forma: quando a menina faz sete anos, o pai deve ter relações sexuais com ela. A determinação é pegar o sangue, que geralmente é expelido durante a primeira relação sexual, e levá-lo num pano branco para que seja oferecido aos espíritos. Esse sangue representa a vida da pessoa que será trocada por bens. Porém, a partir do ato, a criança é propriedade dos espíritos, que se sentem seus donos, maridos.
Eles não permitem que ninguém se aproxime dela, torna-se escrava. Se não buscar a Deus, nunca se casará; é provável que tenha vários homens, mas nunca um marido. Poderá ter vários filhos, mas nunca viverá com o pai deles. Além disso, viverá um tormento espiritual: será visitada todas as noites por aquele espírito que, aqui na África, é conhecido como ‘o marido da noite’, que passa a manter relações sexuais com ela.
Muitas mulheres acordam de manhã sem suas roupas íntimas, cansadas e arranhadas. Existem vários casos de mulheres cujos homens as abandonam, porque acordam e as veem sussurrando como se estivessem mantendo relações com alguém.
Tomamos ciência de um caso, há pouco tempo, de um pai desesperado que trouxe a filha; a criança, de apenas sete anos de idade, quando dormia, tinha o corpo usado por um espírito. Muitas vezes o pai presenciou a filha sussurrando, fazendo todos os movimentos de uma pessoa mantendo relações sexuais. Esta menina foi vendida pelo próprio avô e nunca poderá realizar o sonho de se casar; e caso consiga, o casamento não durará muito. Infelizmente, ela foi vendida, o espírito se sente seu dono, por causa do pacto.
Quando uma pessoa do sexo masculino é vendida, não pode ter nada, materialmente falando; quanto mais miserável for, mais a pessoa que a vendeu crescerá. Mas quem a vendeu nunca poderá ajudá-la, aliás, ninguém, pois sua miséria e sofrimento representam a felicidade e a prosperidade de quem fez o pacto.
E quando morre, outra pessoa deve ser entregue ao espírito em seu lugar. Tal pessoa passará a ter o mesmo sofrimento daquela que morreu. Só um pacto com Deus pode quebrar um pacto com o mal.
Bispo João Leite
Uma senhora conta que foi vendida aos espíritos pelo pai, quando tinha 12 anos, em troca de riquezas. Neste caso, o pacto é feito da seguinte forma: quando a menina faz sete anos, o pai deve ter relações sexuais com ela. A determinação é pegar o sangue, que geralmente é expelido durante a primeira relação sexual, e levá-lo num pano branco para que seja oferecido aos espíritos. Esse sangue representa a vida da pessoa que será trocada por bens. Porém, a partir do ato, a criança é propriedade dos espíritos, que se sentem seus donos, maridos.
Eles não permitem que ninguém se aproxime dela, torna-se escrava. Se não buscar a Deus, nunca se casará; é provável que tenha vários homens, mas nunca um marido. Poderá ter vários filhos, mas nunca viverá com o pai deles. Além disso, viverá um tormento espiritual: será visitada todas as noites por aquele espírito que, aqui na África, é conhecido como ‘o marido da noite’, que passa a manter relações sexuais com ela.
Muitas mulheres acordam de manhã sem suas roupas íntimas, cansadas e arranhadas. Existem vários casos de mulheres cujos homens as abandonam, porque acordam e as veem sussurrando como se estivessem mantendo relações com alguém.
Tomamos ciência de um caso, há pouco tempo, de um pai desesperado que trouxe a filha; a criança, de apenas sete anos de idade, quando dormia, tinha o corpo usado por um espírito. Muitas vezes o pai presenciou a filha sussurrando, fazendo todos os movimentos de uma pessoa mantendo relações sexuais. Esta menina foi vendida pelo próprio avô e nunca poderá realizar o sonho de se casar; e caso consiga, o casamento não durará muito. Infelizmente, ela foi vendida, o espírito se sente seu dono, por causa do pacto.
Quando uma pessoa do sexo masculino é vendida, não pode ter nada, materialmente falando; quanto mais miserável for, mais a pessoa que a vendeu crescerá. Mas quem a vendeu nunca poderá ajudá-la, aliás, ninguém, pois sua miséria e sofrimento representam a felicidade e a prosperidade de quem fez o pacto.
E quando morre, outra pessoa deve ser entregue ao espírito em seu lugar. Tal pessoa passará a ter o mesmo sofrimento daquela que morreu. Só um pacto com Deus pode quebrar um pacto com o mal.
Bispo João Leite
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