Sabe aquelas rodinhas que se formam no meio de colegas de escola, igreja ou trabalho? Aquelas que parecem ter um sinal pendurado bem acima da roda, que diz: ‘Nós não aceitamos novas amizades?’ Pois é, eu sou do contra. Toda menina que fazia parte dessas rodinhas já era desqualificada para ser uma potencial amizade minha. Não porque me achava melhor, mas porque nunca gostei mesmo.
Às vezes saíamos no parque com algumas mulheres, e era batata: essas rodinhas se criavam. E, sabe o que é mais interessante? É que as mulheres que se tornavam membros de carteirinha desse tipo de fundação antissocial se pareciam demais. Ou eram todas fofoqueiras, ou eram todas frustradas, ou eram todas egoístas, ou eram todas muito justas para as demais. Quando eu olhava para aquilo, o meu sangue subia para a cabeça e a vontade era de perguntar para elas se já haviam visto o que todas ali tinham em comum!
Quando se cria uma roda de ‘amigas’, o que mais se fala nessa roda não interessa, e, pior, contamina. Eu sou privilegiada por tantas amigas com o mesmo espírito que eu e a mesma fé, e sempre quando nos encontramos em reuniões, sentamos todas juntas, praticamente o dia inteiro, só dividindo experiências e dicas para fazer mais para servir a Deus. É a coisa mais gostosa. Ninguém se sente constrangido com ninguém, ninguém faz comentários inapropriados de ninguém, e ninguém prefere ninguém. Todo o mundo respeita todo o mundo. Quando saímos dessas reuniões, que normalmente não duram mais que dois dias, saímos renovadas e abençoadas. O contrário destas rodas de ‘amigas’ que existem por aí…
Nessas rodas, há sempre aquela que manda e aquela que é a sua puxa-saco, também há aquela que sofre por não falar tanto como as demais. O que rola de assuntos sem nexo… E, o pior, quando vão embora, deixam mágoas umas nas outras.
A mulher inteligente não entra em rodinhas, não faz parte de panelinhas. Ela é amiga de todas, e quando está junto de suas amigas, acrescenta e não destrói.
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