Por Bispo Renato Cardoso
Uma das perguntas que mais ouvimos como conselheiros matrimoniais é: “Como o casal pode evitar que o relacionamento caia na rotina?”
Mas uma questão ainda mais importante que tais casais esquecem de se perguntar é: “Rotina de acordo com quem? Como o meu parceiro define rotina?”
Já notamos um fato na maioria dos casais onde há uma reclamação de que o relacionamento “caiu na rotina”. Normalmente, apenas um dos cônjuges acha isso. E o outro discorda. Foi o que aconteceu com Nádia e Felipe.
Com seis anos de casamento e uma filha de quatro anos, o casal vivia uma relação um tanto estressada. Ela trabalhava meio período para ajudar no orçamento, enquanto a filha ficava na creche. Ele chegava tarde do trabalho e logo depois do banho e do jantar, grudava os olhos na televisão até cair de sono e se arrastar para a cama. A conversa era pouca, normalmente iniciada por Nádia, que desabafava durante o jantar enquanto Felipe dizia “a-hã” entre um balançar da cabeça e outro—mais para fingir que estava ouvindo. Nos fins-de-semana, Felipe trabalhava aos sábados até duas da tarde e quando chegava em casa só queria descansar ou voltar para a TV.
Nádia, compreensivelmente, estava frustrada. “Nossa vida é uma rotina. Eu sei exatamente o que vai acontecer quando você chega em casa: nada. É você e a bendita televisão. Eu estou cansada disso.” – desabafou.
Felipe, com ar de surpresa e de incompreendido, justificou: “Mas você sabe que nós não temos muito dinheiro para ficar passeando e fazendo as coisas que você quer. Já conversamos sobre isso. Pensei que tínhamos combinado que quando as coisas melhorarem nós vamos fazer mais do que você gosta. Você tem que viver dentro da realidade.”
Ou seja, o que Nádia chamava de rotina, Felipe chamava de “apertar o cinto até as coisas melhorarem”.
Aí está um grande problema, quando o casal tem definições diferentes de rotina. E pior: às vezes um até adora rotina, enquanto o outro odeia…
Por isso, voltando à pergunta inicial: Como o casal pode evitar que o relacionamento caia na rotina?
- Primeiro, os dois têm que saber o que o parceiro vê como rotina.Esclarecer os significados, e entender bem a visão do seu parceiro e como ela compara com a sua. Há diferenças?
- Expor as expectativas. O que você espera de mim para não deixar nosso relacionamento ficar chato? Sair uma vez por semana? Tirar férias uma vez ao ano? Fazer uma surpresa agradável em datas comemorativas? E claro, procure ao máximo atender às expectativas.
- Equilibrar as necessidades. Obviamente, o que tem maior facilidade de se entediar com a rotina vai precisar que o parceiro seja mais ativo no fazer coisas que quebrem o marasmo na relação. Por outro lado, se você é casado com alguém que adora rotina, você terá de aprender a diminuir um pouco suas expectativas para seu parceiro não se sentir sempre incomodado pelo fato de sempre estar fazendo a sua vontade às custas da própria. O equilíbrio é essencial.
Temperando os pontos acima está o sal do romance. Não importa quanto tempo vocês já estão juntos, vocês têm de se verem como namorados. Assim, vocês nunca considerarão o parceiro já conquistado. Ao contrário, continuarão sempre aquele gostoso jogo da conquista, onde todo dia estarão pensando em formas de expressar o amor e tocar o coração do seu parceiro.
Com um pouquinho de esforço, seu relacionamento pode ser vibrante não importa quantos anos vocês já estão juntos.
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