Por Bispo Renato Cardoso
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A história de Jacó e Esaú nos traz inúmeras lições de fé e vida. Uma delas é com respeito à importância do querer algo com todas as nossas forças.
O nome “Jacó” significa literalmente “o que agarra o calcanhar”. Jacó recebeu esse nome porque ao nascer, segurava o calcanhar do irmão gêmeo Esaú, como quem quisesse ter nascido primeiro.
Nascer primeiro naquele tempo fazia uma enorme diferença, como do norte para o sul. Todas as bençãos do pai, os direitos familiares e a futura liderança do clã caíam sobre o primogênito. Aos outros filhos restavam apenas as sobras, servir ao primogênito.
Esaú, portanto, tinha a garantia da benção. Jacó, apenas o sonho impossível.
No final, Jacó ficou com a benção mas Esaú a perdeu. Por quê? Injustiça? Como pôde Deus honrar a Jacó a despeito de suas fraudes?
Porque Jacó quis e valorizou a benção mais que Esaú.
Esaú tinha a benção por garantida. Achou que era só questão de tempo. Não havia como não acontecer, pensava ele. Por isso relaxou. Brincou com a benção num momento de fome, trocando-a por um prato de comida.
Jacó porém se mostrou disposto a fazer qualquer coisa para alcançar aquele sonho impossível. O quis tanto que chegou ao ponto de enganar pai e irmão para tê-lo. Obviamente, Deus não aprovou desses meios e Jacó pagou caro por isso. Porém, seu desejo maior que o de Esaú foi honrado por Deus.
Talvez você venha cometendo o erro de Esaú. Achando que as coisas irão acontecer por si mesmas, que seus sonhos se realizarão cedo ou tarde (afinal você crê em Deus, tem as promessas d’Ele), você tem se acomodado. Entrou no piloto automático. O que será, será.
Pessoas assim hoje são as mesmas que amanhã olharão os outros que lhe passaram à frente e lamentarão, “Injustiça!” Pessoas amargas, de semblantes caídos, que resmungam e reclamam de tudo, de todos e de Deus — menos de si mesmas.
Jacó quis mais que Esaú. Por isso lutou mais. Sacrificou mais. Recebeu mais.
Prova de que o querer supera o poder.
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