Por Bispo Renato Cardoso
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Por milhares de anos, pais treinavam seus filhos nas artes da guerra e do combate. Era questão de sobrevivência. Um homem tinha que saber lutar, defender a si mesmo e a sua família. Desde que o menino começava a dar seus primeiros passos, o pai já lhe acostumava à ideia de ser forte, manusear armas, e à importância de conhecer suas forças e fraquezas, bem como as de seus inimigos.
Esta cena hoje está limitada às telas dos filmes de época. Não queremos nem que nossos filhos chorem! Coitadinho, dá a chupeta para ele!
Sim, felizmente não precisamos mais treinar nossos filhos para empunhar espada e cortar a cabeça de ninguém. Pelo menos em nossa parte do mundo. Mas isso não significa que as guerras acabaram e os inimigos não existem mais. Ao contrário, hoje eles são mais numerosos, mais fortes e estão em todo o lugar. As guerras são maiores e mais letais. Curiosamente, é a aparência de paz que se tornou nosso maior problema.
Se antes os inimigos eram visíveis e fáceis de detectar, hoje o mal está camuflado em nosso meio. Não mais o notamos. Ele entra todos os dias em nossa casa pela tela da TV; está a apenas um click no computador e a um toque no smartphone; nas músicas que assobiamos ou cantamos inocentemente para enfrentar o stress do trânsito; nas ideias destrutivas que apelam aos nossos instintos mais humanos como cobiça, egoísmo, inveja e raiva; está nas leis, no sistema, na religião… Tudo vestido com roupa de paz, alegria e prazer. Abre uma Coca-Cola aí, ligue a TV e está tudo certo.
Ninguém mais está treinando para a guerra. Guerra? Isso é coisa lá do Afeganistão. Enquanto isso, nos campos de batalha da vida jazem os corpos daqueles derrotados pelos vícios, pelo divórcio, a avareza, a pornografia, a depressão, o vazio, e todo o exército do mal. Suas vítimas não sabiam que estavam em uma guerra. Pereceram mesmo assim.
O Rei Davi, que antes dos 18 anos já tinha enfrentado e vencido ursos, leões e gigantes, disse:
O Deus que me revestiu de força e aperfeiçoou o meu caminho, Ele deu a meus pés a ligeireza das corças e me firmou nas minhas alturas. Ele adestrou as minhas mãos para o combate, de sorte que os meus braços vergaram um arco de bronze. — Salmo 18.32-34Bendito seja o SENHOR, rocha minha, que me adestra as mãos para a batalha e os dedos, para a guerra. – Salmo 144.1
Aquele que foi desprezado pelo próprio pai em favor dos irmãos, via em Deus o seu treinador. E que bom treinador foi o Senhor para Davi.
Estou viajando no tempo aqui com você, falando de coisas que poucos entendem, basicamente para lhe dar este recado:
- Os inimigos mudaram de cara, evoluíram, multiplicaram e estão mais perigosos que nunca
- As pessoas estão sofrendo e perecendo porque não estão preparadas para as guerras que enfrentam
- Deus, como Pai, ainda treina para as batalhas os filhos que estão dispostos a aprender
Querendo ou não, você está no meio dessa guerra. Se não lutar, será derrotado. Se não treinar, nem lutando você irá vencer.
Educação humana = Capacidade
Educação humana + treinamento de Deus = Capacidade3
Educação humana + treinamento de Deus = Capacidade3
Você está usando todas as armas à sua disposição?
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