22/07/2015 - Por Núbia Siqueira - postado em: Blog, Comportamento
Um homem nos Estados Unidos precisou submeter-se a um procedimento cirúrgico, por isso buscou médicos que lhe inspirassem confiança e profissionalismo.
No dia da cirurgia, decidiu deixar o seu celular gravando as orientações médicas, mas esqueceu o aparelho ligado, e todo o áudio foi captado no centro cirúrgico enquanto ele estava anestesiado. Para seu espanto, quando foi ouvir a gravação, deparou-se com conversas terríveis.
Os profissionais teciam comentários ofensivos e difamatórios contra ele. A anestesista o chamava de “covarde” e “retardado” e se dirigiu a ele desacordado da seguinte forma: “Depois de cinco minutos de conversa com você no pré-operatório eu queria dar um soco na sua cara.”
Outro assistente presente no centro cirúrgico, ao perceber uma pequena rachadura na pele do paciente anestesiado, brincou sarcasticamente com os demais para terem o cuidado de não tocá-lo sob o risco de “contrair sífilis ou coisa parecida”. E para finalizar esse episódio deprimente, a gravação também capturou os médicos planejando como iriam evitá-lo em sua consulta de retorno. Assim, durante todo o tempo, o homem foi vítima de ataques infames por parte dos profissionais.
Tudo isso foi relatado no jornal americano “The Washington Post” e toda aquela equipe foi levada às barras do tribunal de justiça. O caso transformou-se em um conhecido processo por difamação e práticas médicas inapropriadas.
O paciente ganhou uma indenização de US$ 500 mil, mas provavelmente precisará de muita coragem para confiar novamente nos médicos.
Não acredito que a divulgação desses fatos impeçam que isso continue acontecendo, pois quando o interior humano está defeituoso, de um jeito ou de outro extravasará.
Os fatos ocorridos no dia a dia têm o poder de atestar aquilo que nós já sabemos: os princípios e valores humanos afundam cada dia mais rápido, e está escasso encontrar respeito e ética até onde a lei exige.
Extraindo deste fato uma lição, eu não poderia deixar de pensar nas muitas atitudes e palavras que compõe a nossa vida. De tudo o que ouvimos e vemos, o que realmente é verdadeiro?
Reprovamos rapidamente o comportamento dos médicos, mas altas doses de “hipocrisol” são comumente ingeridas para a convivência diária com os outros em todas as esferas sociais, infelizmente. Por exemplo, na roda de amigos, quem, de fato, mostra aquilo que é, pensa ou sente?
As pessoas estão usando cada dia mais máscaras para conseguirem a aprovação de terceiros, pois acreditam que não é conveniente serem elas mesmas. Pensam que isso pode gerar perdas e não estão dispostas a pagar o preço.
Uma máscara aqui, outra ali… tudo bem inofensivo e, de repente, cresce até que se perde a sensibilidade e fingir passa a ser algo muito natural.
A mulher é nervosa com o marido, e paciente com o chefe; é divertida com as amigas, e mal-humorada em casa; é corretíssima na igreja, e dá mau exemplo no trabalho.
O homem é ausente e avarento em casa, mas no trabalho é gentil, prestativo e, com os amigos, é generoso e presente.
O filho é um grosseiro em casa, mas carinhoso com as garotas, atencioso com os amigos…
O Senhor Jesus teve duros embates contra a hipocrisia. Ele foi paciente com todos, menos com os fingidos. Esses religiosos O combateram ferozmente, pois, ao serem acareados com a Verdade, não queriam tirar suas máscaras de zelosos, corretos e santos. Poucas exceções, como Nicodemos (mesmo que à noite), e José de Arimateia fugiram à regra. O restante seguiu o caminho mais fácil.
A lista feita por alguns sobre o que fazer para agradar a Deus é extensa, mas, na verdade, não é bem assim. Pois, com a fé genuína, obediência e sinceridade, você conquista o Reino de Deus.
Ainda é possível ser íntegro neste mundo, basta querer!
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