Não foi nada do que eu esperava.
Quando comecei a crescer planejava ser mãe algum dia. Meus filhos, um menino e uma menina, iriam se parecer comigo e com meu futuro marido. Eles seriam perfeitos, não como as outras crianças que choravam o tempo todo ou aquelas que davam muito trabalho aos seus pais. Eu os via em minha mente, e sonhava com eles algumas vezes.
Em seguida, me casei e as coisas mudaram. Eventualmente, porque eu já os amava tanto, eu decidi não tê-los. Percebi que não importava o quanto eu tentasse dar-lhes o melhor, eles continuariam expostos a um mundo corrupto, que poderia facilmente colocar-lhes tudo a perder. Eu comecei a observar as crianças, e quanto elas mudaram de quando eu era criança. Elas já sabiam mais do que eu sabia na minha época, a respeito de coisas que não deveriam. Elas estavam mais indiferentes às coisas divinas e mais em sintonia com as más. Levei um susto quando comecei a ver isso dentro da igreja.
Pais perfeitos se tornaram vítimas de crianças que viraram rebeldes, nervosas, e distantes de tudo de bom que eles haviam lhes ensinado durante toda as suas vidas. Eu culpava o mundo e percebi que seria egoísta em trazer crianças para um mundo como esse. Então, eu decidi ter um tipo diferente de crianças; as espirituais.
No começo, pensei que não iria conseguir ter com elas o que teria com meus próprios filhos. Achei que nunca iria apreciar o vínculo que uma mãe e uma filha tem. E por algum tempo, foi o que aconteceu. Eu era muito jovem, muito inexperiente, ingênua demais. Pedi a Deus para me mudar.
E assim Ele o fez. Eu tive que passar por algumas dificuldades, mas nada que eu não pudesse suportar. Comecei a ver os resultados da minha oração. Algumas jovens, e esposas de pastores, foram humildes o suficiente para me ouvir e me ver como a mãe espiritual delas. Eu estava tão feliz ... nós sempre encontravámos maneiras de passar um tempo juntas, eu lhes ensinava o que Deus havia me ensinado e elas se sentiam felizes de aplicar isso em suas vidas.
Mas, logo depois disso, eu abracei um novo desafio em minha vida; Filipe, de 3 anos, um menino bonito de um orfanato. Ele era a criança mais linda que eu já tinha visto na minha vida. Eu vi a sua foto e ouviu um pouco sobre sua história e, em poucos meses, ele nos foi dado em custódia. Eu tive que pressionar o botão de pausa em meus filhos espirituais para concentrar todo o meu tempo e energia no pequeno que Deus havia dado a mim, pessoalmente.
Continuação amanhã.
Publicado por Cristiane Cardoso
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