publicado em 13/04/2012 às 04h50.
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Mesmo sem razão aparente, muitas pessoas deixam de tomar decisões num dia como esse, e até evitam lugares em que tal numeral esteja presente
Por Carlos Gutemberg
carlos.gutemberg@arcauniversal.com
A sexta-feira 13 é vista por muitas pessoas como um dia de má sorte. Algumas histórias teriam contribuído para que esse mito se espalhasse. Segundo pesquisas, um dos motivos seria a associação deste dia da semana, em que o Senhor Jesus Cristo foi crucificado, com o 13 – o número de integrantes da Santa Ceia (Ele e os 12 apóstolos), entre eles, Judas Iscariotes, o traidor.
Alguns estudiosos afirmam ainda que é muito provável que a crucificação tenha do filho de Deus tenha ocorrido em uma sexta-feira 13, uma vez que no calendário hebraico a Páscoa judaica é celebrada no dia 14 do mês de Nissan.
Outras lendas antigas costumam alimentar o medo em torno dessa data, como a crença de que as bruxas andavam soltas às sextas-feiras, e que o 13, para elas, era um sinal de sorte – por ser esse o total de mudanças da lua durante o ano.
Mitos desse tipo se transformam em superstições que, muitas vezes, atrapalham a vida das pessoas. Não são poucos os que deixam de tomar decisões importantes nessa data, ou mesmo os que evitam lugares em que tal numeral esteja presente, como em CEPs, números de residências e até andares de edifícios, por exemplo.
Vestígios do passado
Acredita-se que as crendices e superstições sejam, ainda, vestígios de um passado não tão remoto, no qual o ser humano tinha uma visão mágica do mundo, imaginando que diversos fatores sobrenaturais podiam interferir diretamente em seu cotidiano.
Essas ideias costumam ser transmitidas de geração a geração, principalmente entre os cidadãos mais humildes, geralmente deixados à margem do conhecimento científico. São temores que vão sendo incorporados ao dia a dia das pessoas, influenciando seus hábitos e comportamentos.
Proteção divina contra a influência do mal
De acordo com a ex-serva de encostos Gislene Alves de Lima, que durante 18 anos realizou rituais de amarração, muitas pessoas influenciadas por espíritos malignos se reúnem na sexta-feira 13 e saem às ruas a fim de causar destruição. “Eu me lembro de que, em uma data como essa, eu estava na estrada realizando um ritual de amarração para a vida financeira e, de repente, aconteceu um acidente entre um ônibus, dois carros e uma moto, bem na hora em que invoquei os espíritos”, recorda.
Hoje, Gislene não serve mais aos encostos. Liberta, encontrou um novo caminho na Igreja Universal do Reino de Deus, mas recomenda que, nesse dia, as pessoas busquem a proteção divina, pois, por mais que elas não creiam no mal, ele estará solto e pronto para fazer vítimas. “Eu vivi do outro lado e sei muito bem do que o diabo é capaz de fazer com alguém. Mas, graças a Deus, encontrei o Senhor Jesus e me libertei, e hoje peço a todos que façam o mesmo que fiz: busquem a proteção em Deus”, orienta.
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