Quem espera sempre alcança

às 14:00

Pastor Gilberto e Merry Mae recebendo a bênção de Deus

“Estou passando por uma luta interna que está sendo muito difícil para mim. Sou obreira vai fazer 4 anos e para tudo que faço parece não haver respostas. Tenho me dedicado na Obra de Deus, procurado no máximo estar bem com Deus. Vejo todas as minhas colegas obreiras sendo abençoadas na vida sentimental e nada de respostas para mim. Nem sei onde tenho errado.”

No caso acima, o conselho de não olhar para a vida dos outros e crer que o Espírito Santo está preparando a pessoa certa, para o momento exato, foi dado, por meio das seguintes palavras: “Ficar comparando a sua vida com a das demais obreiras também vai provocar ansiedade e não é a melhor decisão, pois a bênção de cada uma chega na hora certa. Continue dando seu melhor na Obra de Deus e cuidando da sua comunhão com Ele. Creia que você também será abençoada na sua vida sentimental. Pois, talvez quando você tirar o foco dela, a bênção vai chegar. Não se sinta mal ou inferior às suas amigas. Confie na provisão de Deus.”

A expectativa dos que se dedicam incessantemente a ganhar almas, aconselhando e evangelizando, é de que a amiga tenha absorvido o ensinamento e colocado em prática, para que, num futuro próximo, não precise relatar uma má experiência, a exemplo da deixada por Tiago Moreira no blog do bispo Edir Macedo: 

“Fui obreiro em Minas Gerais durante 6 anos, e sempre procurei ser o melhor para Jesus. Cuidava do povo, fazia núcleo, evangelizava, enfim, vivia uma vida consagrada a Deus e de dedicação à Sua Obra. Cheguei a começar a fazer um pré-iburd, pois eu tinha certeza do meu chamado. Tudo ia bem. Estava no auge da minha vida espiritual, até que conheci uma mulher, obreira, e namoramos. Ela dizia que queria ir para o altar também. Um dia, ela me fez tomar uma decisão que mudaria negativamente a minha vida. Ela queria que eu escolhesse entre ela e o altar. Eu, infelizmente, acabei escolhendo ela”, revela.

Tiago diz que, mesmo depois de casado, acabou se esfriando espiritualmente, chegando ao ponto de sair da Igreja e dos caminhos de Deus. O resultado? Ele mesmo conta: “Todo o amor que eu tinha por Deus transferi a ela. Por isso minha vida se tornou um caos. Ficávamos em casa como irmãos, cada um no seu canto. Tínhamos brigas constantes. No meio do casamento, me prostitui em sites pornográficos, chats com webcam, tudo para tentar preencher o buraco que ficou dentro de mim desde que perdi o Espírito Santo. Afastei-me da minha família por causa dela, porque ela não gostava da minha mãe. Tinha raiva dela. Sendo que minha mãe nunca havia feito nada contra ela”, lamenta.

Graças à infinita misericórdia divina, Tiago teve a chance se voltar ao convívio da fé e recomeçar.“Cansado de tanto sofrer, pedi a separação, e entramos em acordo. Confesso que logo quando me separei dela parecia que tinham tirado uma venda dos meus olhos, e comecei a sentir falta da época de obreiro, das almas que um dia Deus me usou para cuidar.

Senti uma necessidade enorme de voltar para Jesus. Voltei no dia 23 de setembro do ano passado. Já nesse dia me batizei nas águas e, pouco tempo depois, fui renovado com o Espírito Santo.”

Entre tantos exemplos de pessoas que não conseguem frear a ansiedade e acabam se dando mal, há aqueles que preservam a confiança nas promessas de Deus, e mesmo diante do tempo decorrido, não desanimam, alcançando a bênção verdadeira no amor.

Gilberto Ferreira, de 26 anos, atualmente fazendo a Obra de Deus na China, é uma dessas pessoas. Casado há pouco mais de 1 mês com a filipina Merry Mae Ferreira, de 23 anos, ele garante que valeu a pena escolher a solidão por algum tempo, para que a decisão errada não fizesse parte da vida dele (foto acima).

“Eu namorei duas obreiras, uma como obreiro e a outra quando já era pastor auxiliar. Porém, antes de ir para o altar, percebi que a minha namorada não tinha o chamado para fazer a Obra de Deus. Ela não tinha paixão pelas almas. Então, decidi terminar. Foi difícil, porque nos conhecemos no grupo de adolescentes. Crescemos na Igreja. Mas quando se fala em casamento, a coisa é séria. E eu não queria estar com uma esposa que estivesse apenas com o corpo no altar e o espírito fora dele”, afirma.

Abrir mão de um amor de adolescência não é para qualquer um, é preciso saber bem diferenciar a razão da emoção e ter a certeza de que o Deus no qual se está crendo não irá falhar. Foi essa tamanha fé que fez a bênção sentimental chegar à vida do pastor, mesmo do outro lado do mundo.

“Estava como pastor auxiliar no Brasil, quando fui convocado para as Filipinas, em 2005. Eu nunca me desesperei nem me preocupei com a minha vida sentimental. Conheci uma outra obreira e começamos a orar e a nos conhecer. No começo, ela estava na fé, na guerra, mas quando fui transferido para outro país, ela esmoreceu. Então, eu novamente terminei o namoro. Decidi esperar em Deus e continuar focado em ganhar almas”, destaca.

Depois de mais uma difícil decisão para proteger a sua fé, Gilberto foi transferido para a China, a fim de ganhar almas para Deus no país. E para surpresa dele, foi lá que encontrou a pessoa que iria completá-lo.

“Eu não esperava e nem pensava que encontraria a minha benção lá na China, mas Deus sabe o que faz. Fui nessa missão e encontrei uma mulher de Deus. Falei com a liderança da Igreja e começamos a orar e a nos conhecer.”

Agora sim, foi tudo rápido. Conheceu, namorou, casou, certo? Nada disso. Quem disse que seria fácil? “Depois, voltei à Nova Zelândia e ficamos longe um do outro por 1 ano. Após esse período, voltei novamente para Hong Kong. Aí sim, mais 1 ano depois, noivamos e casamos.”

Hoje, a felicidade que desfruta ao lado da amada é tanta que Gilberto nem se lembra das noites que passou sozinho. Mesmo com uma cultura totalmente diferente da dele, o entrosamento entre os dois tem sido regado dia após dia com muito amor, respeito, companheirismo e temor a Deus, que, segundo ele, é o elemento fundamental para a relação ser perfeita.

“A fé é a certeza de tudo. Tenho certeza de que foi Deus que me trouxe aqui para conhecê-la.”

A esposa Merry Mae também faz questão de relatar os investimentos que fez para chegar ao altar. Diferentemente de muitas pessoas, ela não buscou na internet, nas rodas de amigos ou em festas, mas fez o pedido direto no altar de Deus. “Eu fiz campanha de Israel pela minha vida sentimental e pedi a Deus um homem que o temia. Que fosse dele. Eu me guardei até o dia que Deus colocou a pessoa certa no meu caminho. Coloquei em prática o ensinamento de que, enquanto solteira, deveria cuidar das coisas do Senhor Jesus. Só me preocupei em servir e cuidar de almas”, conta a recém-casada.

Olha que para Merry se dedicar aos sofridos não foi uma decisão bem aceita em seu lar, já que até impedida de entrar em casa ela foi, pois a mãe não aceitava o fato de ela querer servir a Deus. “Ela abria a porta da casa no outro dia pela manhã e não falava comigo. Eu tomava banho e ia para o trabalho, exausta. O clima em casa era pesado. Isso porque a tradição asiática é de os filhos sustentarem os pais quando crescem. É uma troca, eles nos dão condições de estudar e depois devolvemos cuidando deles. Ela ficou muito desapontada. Mas esse é o sacrifício. Tenho que agradar ao meu Deus e não aos meus pais.”

Tais lembranças hoje fazem parte do passado, pois a harmonia reina na relação dos “pombinhos”. Como todo casal, eles enfrentam a fase de adaptação, porém ela até já se acostumou com a comida brasileira. “Eu gosto muito, tenho me adaptado bem.” E para não falar que eles não têm problemas, o pastor Gilberto desabafa. “Na verdade, eu ainda não consegui me acostumar a comer com os ‘palitinhos’”, finaliza.

Arcauniversal

Compartilhe para todos através do link reduzido a seguir:
http://bit.ly/15XauSu

Copie e cole o link reduzido em todas as Redes Sociais