publicado em 10/04/2013 às 04h50.
Visão de muitos ainda é bastante deturpada em relação aos reais seguidores de Jesus, um mito reforçado por alguns meios de comunicação e pessoas de inteligência limitada, segundo comprovam cientistas
“E não há dúvida de que existe na grande imprensa brasileira uma visão estereotipada e preconceituosa dos evangélicos.” Essa opinião encerra o texto da ombudsman de um grande jornal de São Paulo, um dos mais importantes do Brasil.
Ombudsman é um cargo relativamente recente na mídia. O nome, de origem sueca, significa “representante do povo” – e algumas empresas preferem o termo “ouvidor”, em bom português. Instituições públicas e privadas os contratam para, principalmente, servirem de elo imparcial entre elas e o público. Teórica e geralmente, recebem críticas, reclamações e sugestões, e as respondem imparcialmente, podendo até mediar conflitos. Alguns não esperam as opiniões do povo. Eles mesmos já analisam o desempenho da empresa que representam, mesmo que isso inclua apontar falhas ou, pelo menos, como determinado trabalho poderia ter sido realizado com mais qualidade.
Veja também:
No caso citado no primeiro parágrafo, realmente a profissional mostrou imparcialidade, pois a própria empresa em que trabalha está situada entre a chamada grande imprensa. É alguém do próprio meio reconhecendo que há uma imagem desgastada e limitada dos evangélicos, um público nada pequeno. Novelas de algumas emissoras também mostram pessoas dessa crença de uma forma, na maioria das vezes, caricatural. Entra em cena uma palavra nada agradável: preconceito.
Ele é, inclusive, objeto de estudo de profissionais muito bem conceituados. Saiu recentemente na revista norte-americana Psychological Science o resultado de uma pesquisa da Universidade Brock, da província de Ontario, no Canadá, que pode ser resumido da seguinte forma: quanto menos inteligente a pessoa, mais preconceituosa tende a ser.
Analisando dados colhidos na América do Norte e no Reino Unido, os pesquisadores, chefiados pelo psicólogo Gordon Hodson, concluíram que crianças com inteligência de baixo grau têm grande possibilidade de se tornarem adultos com grande preconceito, com dificuldade em aceitar diferenças, ou mesmo de construir uma opinião baseada em uma análise da realidade – ou seja, já emitem uma opinião sem pensar direito.
Quando colocamos sob o mesmo prisma os dados do estudo canadense e a imprensa brasileira, o resultado é triste.
Estudando os mecanismos do preconceito, Hodson e sua equipe compreenderam como o preconceito surge e o seu caminho até se manifestar na sociedade. Na hora de escolher no que acreditar, uma pessoa de baixo quociente de inteligência (QI) procura o caminho mais simples e se apega a ideologias já formatadas, inclusive os dogmas, sem uma análise delas. Daí, a dificuldade em entender o outro. É mais fácil escolher um estereótipo do que ter o trabalho de pensar.
Obviamente, a pesquisa da Universidade Brock não diz que quem não tem preconceito é um gênio e que quem não aceita certas normas sociais é burro. Ela não generaliza – senão, seria preconceito! O estudo se baseou em médias, em índices, entre grupos sociais.
Voltando aos cristãos
Desde os tempos em que o Senhor Jesus andava fisicamente pela Terra em Seu ministério, seus seguidores são alvo de preconceito. Nunca foi fácil ser cristão – e ninguém disse que seria, inclusive o próprio Messias e vários de seus apóstolos, que mostraram isso com o próprio sangue.
Portanto, é natural que alguns na mídia lancem mão daquele estereótipo de que quem escolhe o caminho das orientações bíblicas é uma pessoa limitada e à margem do que consideram “normal” hoje em dia. Lideranças de várias denominações são vistas com grande desconfiança por boa parte da imprensa, antes mesmo de falarem algo ou tomarem alguma atitude. Novelas mostram um evangélico como alguém geralmente vestido com exagerada simplicidade (ou mesmo mal vestido), que não cuida da aparência e é fechado a qualquer aspecto cultural.
Claro, há evangélicos que se encaixam nesse quadro e reforçam essa imagem. Mas daí a alguém achar que todos os cristãos após Lutero são assim é, no mínimo, um pensamento bastante limitado.
Iniciativas da própria Universal ajudam a derrubar mitos. O projeto Mulher V, por exemplo, bate de frente com sucesso com a imagem “sem graça” que muitos desavisados têm da mulher cristã de verdade. Ao mesmo tempo em que a Mulher Virtuosa segue os preceitos de Deus, se guarda para o marido e não se comporta de forma vulgar. Só para citar alguns exemplos, ela se cuida fisicamente, se veste bem, se mantém atraente e passa a notar seu próprio valor, desenvolvendo sua autoestima.
O Força Jovem e o VPR estão aí para provar por A+B que a juventude que tem o Senhor Jesus Cristo como padrão está bem longe de ser morna e que “não vive a vida”, como o mundo prega. Enquanto muitos acham que “viver a vida” é se entregar a vícios e à prostituição, os jovens da Universal mostram que vida de verdade é outra coisa. E são bastante atuantes nas artes, no esporte, na cultura e na intelectualidade, que desenvolvem não somente na escola e na faculdade, mas apreciam – e até produzem – artes plásticas, vídeos, músicas e peças de teatro. Além disso tudo, leem a Bíblia e se fortalecem na fé.
Esses são só alguns dos muitos exemplos que podemos citar só na Universal.
A Universal prega que a fé deve ser inteligente, racional, e não emocional.
Aquela imagem defasada do “crente” com seu terninho de tergal, com uma Bíblia debaixo do braço (sem utilizar seus escritos na prática), não diz, de forma alguma, respeito a todos os cristãos que têm nas Escrituras a bússola que indica o norte de Deus. Vários dos que frequentam as reuniões na Igreja e exercem sua fé fora dela sabem muito bem expressar seu jeito de viver se vestindo bem, assistindo ao bom cinema, ouvindo a uma boa música, lendo a uma boa literatura. E, mesmo vendo isso, grande parte da população, que não entende a escolha de fé deles, prefere acusá-los de limitados.
Mas, quem são os verdadeiros limitados?
Os pesquisadores canadenses utilizaram sabiamente a ciência para mostrar.
Mas, mesmo eles, não precisam se encaixar nos parâmetros da genialidade para que, ao pensarem pelo menos um pouquinho, passem a entender que, limitados ou não, com preconceito ou não, a Salvação é para todos, inclusive para eles. Desde que A queiram e A busquem.
Pois um homem que perseguia cristãos para o Império Romano, e também os estereotipava, foi despido de seu tolo preconceito quando se percebeu cego a caminho de Damasco. Quando voltou a enxergar, pôde ver nele mesmo o quanto estava errado. Pôde entender como era um cristão de verdade, pois ele mesmo se tornou um deles – e um dos mais conhecidos de toda a História.
E só enxergou isso por ter sido ele mesmo tocado pelo Espírito Santo. Como todos podemos ser, para só assim vermos da mesma forma.
Seu nome era Paulo de Tarso. Bem antes dos cientistas de Ontario, ele deu o parecer definitivo para rebater qualquer preconceito:
“Sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre.
E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas.” Efésios 6:8-9
E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas.” Efésios 6:8-9
Nenhum comentário:
Postar um comentário