Por Bispo Renato Cardoso
O perdão de Deus é maior que qualquer pecado, mas infelizmente não poupa o pecador das consequências de seus atos.
Entenda: perdoar é eliminar a ira ou o ressentimento contra quem pecou. Portanto, o perdão não lida com as consequências do pecado, mas sim com o pecador.
Tenho observado que quem vive no erro por um tempo costuma adiar seu arrependimento e mudança por causa do desejo de “aproveitar mais um pouquinho”. Talvez até no subconsciente, a pessoa diz para si mesma, “Eu sei que tenho que mudar, eu vou mudar, mas agora não… vou continuar mais um pouco… Depois eu me conserto com Deus e com o mundo.”
É a síndrome do ladrão que é sempre pego “na última vez” que ia roubar. “Só mais essa, depois eu paro.” Quando finalmente acaba na prisão, aí ora a Deus e promete mudar. E Deus perdoa. Mas o ladrão terá de pagar sua dívida com a lei e cumprir seu tempo de prisão.
Deus perdoa o alcoólatra e o drogado. Mas o corpo ferido pelos vícios pagará o preço.
Deus perdoa o adúltero. Mas a criança nascida da amante ou a marca do adultério estará sempre lá — quer o casamento continue ou não.
Deus perdoa seus gastos irresponsáveis. Mas você terá de pagar o cartão de crédito.
Deus perdoa sua mentira. Mas talvez as pessoas para quem você mentiu poderão levar muito tempo para confiar em você novamente — se é que conseguirão.
Por isso, a inteligência espiritual nos ensina que a melhor coisa é não pecar. E se já pecou, parar o quanto antes.
Como alguém disse: a primeira coisa a fazer quando se está no fundo do poço é parar de cavar.
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