SALMOS

"INSTRUIR-TE-EI E TE ENSINAREI O CAMINHO QUE DEVES SEGUIR; E, SOB AS MINHAS VISTAS, TE DAREI CONSELHO. NÃO SEJAIS COMO O CAVALO OU A MULA, SEM ENTENDIMENTO, OS QUAIS COM FREIOS E CABRESTOS SÃO DOMINADOS; DE OUTRA SORTE NÃO TE OBEDECEM."

SALMOS 32:8 e 9
































































quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Vaidade e insegurança, as irmãs gêmeas

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Desde criança, sempre fui um tanto vaidosa. Gostava de usar acessórios, roupas novas, e arrumar o meu armário. Até que na minha adolescência, mudamos para o exterior, e lá me senti uma verdadeira extraterrestre por não me vestir como as outras meninas. Foi então que, aos doze anos, comecei a me maquiar, raspar a perna, e me inteirar melhor com a moda. Lembro-me de me sentir inferior às outras meninas da escola, pois elas estavam sempre com roupas novas, e eu com as mesmas de sempre. Foi nessa época que comecei a me tornar extremamente vaidosa. Usava as roupas da minha mãe para fingir que tinha roupa nova e não ter de usar as mesmas toda semana.
Quando voltei a morar no Brasil, já era uma jovem mulher de 16 anos e com o meu próprio estilo. Mas isso durou pouco. Ao me casar, tinha uma ideia bem errada de que agora eu teria de deixar de me vestir jovial para me vestir como uma jovem senhora, rsrsrsrs… Lá se foi a Cris moderna para uma Cris cafonérrima! Fiquei nessa cafonice até uns sete anos de casada, quando comecei a me sentir tão insegura comigo mesma (devido aos problemas de casamento) que comecei a comprar roupa para me sentir melhor. Comprava roupa, sapato, acessório, e mudava o meu corte de cabelo constantemente. Na época, eu pensava que eu era assim, intrépida, sempre querendo ser diferente (<- coitada, que nada!).
Voltei a ser vaidosa novamente, e com o meu estilo próprio. Minhas amigas me admiravam e acabavam se vestindo igual, o que me deixava ainda mais vaidosa… Mas por mais que elas me falassem que eu era bonita, ainda assim me sentia insegura a respeito de mim mesma. Morria de ciúmes do Renato conversando com outras mulheres, tinha a sensação de que era inferior a elas por alguma razão… e lá ia eu de novo, comprar uma roupinha nova para me sentir melhor.
Interessante que eu era vaidosa e insegura ao mesmo tempo. Como pode?
Pois é, o que eu não sabia é que as duas andam juntinhas, a vaidade e a insegurança são irmãs gêmeas. 🙁
Vejamos o que o dicionário diz a respeito da vaidade:
vaidade (chamada também de orgulho, ostentação, presunção, futilidade, algo sem valor, soberba ou amor próprio) é o desejo de atrair a admiração das outras pessoas. Uma pessoa vaidosa cria uma imagem pessoal para transmitir aos outros, com o objetivo de ser admirada e invejada.
Ou seja… se você precisa atrair a admiração das outras pessoas e criar uma imagem pessoal para transmitir aos outros com o objetivo de ser admirada e invejada, é porque é tão insegura de si mesma que precisa da opinião alheia para se sentir bem!
Contrário ao que eu pensava, que a vaidade fazia parte do meu perfil de mulher, ela fazia parte de um perfil inseguro, que precisava da atenção alheia. Mesmo já tendo o Espírito Santo, havia esse mal lá no fundinho do meu ser, não porque Ele não quis remover, mas porque eu não o enxergava como algo tão ruim assim…
Enquanto não olharmos para a vaidade como algo ruim, que está associada a uma insegurança, e como o dicionário descreve acima, o orgulho e a futilidade, vamos continuar a tolerá-la em nossas vidas, não permitindo que o Espírito Santo tenha tanto acesso assim ao nosso dia a dia… como se tivéssemos um cantinho em nós que Ele não pudesse tocar. #triste
Ah Cris, eu não sou assim… nunca fui vaidosa!
Pois é, é aí que você se engana! A vaidade não está somente associada à nossa aparência… quem dera! Ela está associada a quase tudo nessa vida, infelizmente. 🙁
  • Quando você tem de ter um diploma para mostrar aos outros
  • Quando você tem de mostrar através de suas redes sociais o quão “feliz” é
  • Quando você tem de vestir aquele número de roupa, senão dá-lhe dieta e fome!
  • Quando você tem de saber tudo que está acontecendo para mostrar aos outros o quão inteligente é
  • Quando você tem de estar em um relacionamento para mostrar para os outros que está com alguém
  • Quando você tem de usar aquela marca que todo mundo conhece
E por aí vai…
Como já dizia Salomão:
“Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade… Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir. O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós. Já não há lembrança das coisas que precederam, e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, entre os que hão de vir depois.” Eclesiastes 1:2-11
Salomão foi o homem mais sábio do mundo, mas um dia ele teve de reconhecer que até a sua sabedoria vinha de uma certa vaidade…
“Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor.” Eclesiastes 1:18
Se os olhos não se cansam de ver, se a mente não se cansa de saber, se nós não nos cansamos de ter mais, o que fazer?
É por isso que o Jejum de Daniel é tão importante… Nós estamos literalmente fazendo um detox das nossas vaidades. Não vemos nada, não ouvimos nada, não compramos nada, não seguimos ninguém. Vamos aproveitá-lo portanto para nos desfazer das vaidades que pensamos fazer parte de nossas vidas!
Mulheres, aceitem a idade, aceitem o próprio corpo, aceitem seus “defeitos” físicos, aceitem aquela gordurinha que dizem não poder fazer parte do corpo feminino – elas fazem parte sim, até porque, vejam como elas são perseverantes, kkkkk!
A partir do dia que aceitarmos quem somos e o que temos, vamos ser seguras de nós mesmas e ninguém mais vai poder nos  inferiorizar! Conseguiremos investir mais no interior e, assim, chamar atenção dAquele que realmente importa!
Na fé.
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Colaborou: Cristiane Cardoso