SALMOS

"INSTRUIR-TE-EI E TE ENSINAREI O CAMINHO QUE DEVES SEGUIR; E, SOB AS MINHAS VISTAS, TE DAREI CONSELHO. NÃO SEJAIS COMO O CAVALO OU A MULA, SEM ENTENDIMENTO, OS QUAIS COM FREIOS E CABRESTOS SÃO DOMINADOS; DE OUTRA SORTE NÃO TE OBEDECEM."

SALMOS 32:8 e 9
































































quarta-feira, 8 de junho de 2011

Amor em Ruínas – A Visita


Foi difícil acordar aquele sábado de manhã. Carl queria ficar na cama. A semana tinha sido dura e embora ele quisesse passar o final de semana com Anna, por alguma razão ele não se sentia bem com a idéia. Querendo verificar as horas, ele pegou seu celular no criado-mudo e viu que tinha uma chamada não atendida, foi aí que ele lembrou que alguém havia ligado mais cedo, na verdade bem mais cedo.

Ele ouviu a mensagem e por um instante não conseguiu respirar. Lynn estava a caminho de casa e já era 9:00 da manhã. Anna estava pra chegar a qualquer momento, ele tinha que ligar urgentemente para ela.

Ela não atendeu a ligação, foi direto para caixa de mensagens... ‘o que eu posso dizer pra impedir com que ela venha hoje?’ pensou ele.

‘Oh oi Ana, aconteceu algo e, nós vamos ter que cancelar hoje. Me desculpe e espero que eu não esteja ligando tarde demais. Te ligo mais tarde.’ Ele desligou o telefone e tinha esperanças, só esperanças.

Ele se vestiu rapidamente, arrumou a cama e foi até o quarto de Lizzy com a intenção de fazer o mesmo. Ela não estava lá, provavelmente sua mãe já tinha cuidado dela.

Ele foi até a cozinha e para seu choque, Anna já estava lá tomando café com seus pais e Lizzy.

‘Bom dia Carl!’ Ela se levantou e lhe deu um beijo no rosto, Lizzy, assim também como seus avós, rapidamente olhou para o outro lado. Ele não queria que ela tivesse feito isso na frente de todo mundo ainda.

'Olá pessoal...' Se voltando para Anna 'você recebeu minha mensagem?’

‘Que mensagem?’

‘Eu te deixei uma mensagem no celular.’

‘Oh meu celular... acho que eu deixei no escritório ontem, eu não consegui achar hoje de manhã. Eu queria te ligar pra perguntar umas coisas antes de vir. Por quê?’

‘É... algo aconteceu e eu queria saber se...’ e foi aí que a campainha tocou. A mãe de Carl se levantou para ir ver quem era mas Carl não deixou. ‘Não mãe, eu vou ver quem é’.

Seu coração estava acelerado. Se Lynn visse à Anna, ela iria entender tudo errado. Mas, por que ele estava preocupado? Ele partiu pra outra e ela deveria saber. Algo dentro dele dizia diferente.

Ele abriu a porta e sim, era ela. Ela estava magra, muito magra mas ainda bonita, muito bonita.

‘Olá Carl’.

‘Oi Lynn. Eu acabei de ouvir a sua mensagem...’ Lynn não conseguia olhar em seus olhos e ele sabia.

‘Lynn, agora não é uma boa hora pra você entrar... mas a gente pode ir a algum lugar e conversar?’

‘Eu queria ver a Lizzy... eu não vim pra conversar’.

‘Certo, tudo bem então... você quer pegar suas coisas agora ou mais tarde?’

‘Se você está preocupado com que eu veja a Anna, não se preocupe, eu a vi chegando hoje de manhã.’

‘Oh... bem, nós tínhamos planos pra hoje.’ Ele olhou para o outro lado.

‘Eu não vou atrapalhar, só deixa a Lizzy ir pro quarto pra que eu possa ficar um pouco com ela por favor’.

‘Claro. Eu... entra. Você pode subir e eu vou levar a Lizzy em um minuto.’

A casa estava bem limpa, melhor do que quando ela morava lá. Ela ficou cheia de vergonha, eles pareciam estar bem melhor sem ela. O quarto de Lyzzy estava diferente, não havia nenhum porta-retrato mas haviam várias borboletas... oh como seria difícil pra ela... ver sua mãe de novo e depois vê-la partir... Lágrimas encheram seus olhos.

‘Mamãe! Lizzy gritou. Ela correu para os braços de Lynn e a abraçou apertado. Estranho que Carl queria fazer o mesmo. Ele olhou pra ela mais uma vez e fechou a porta.

Ao descer as escadas, Anna estava esperando.

‘O que ela está fazendo aqui?’

‘Ela só veio pegar umas coisas e ver a Lizzy. Ele não queria discutir esse assunto agora. Na verdade ele não queria conversar.

‘Nós devíamos sair, só nós dois’.

‘Me desculpe Anna, eu não acho que isso é uma boa idéia nesse momento. Talvez uma outra hora?’

‘Carl, você ainda tem sentimentos por Lynn?’

‘Anna, a gente pode conversar uma outra hora? Eu preciso ficar sozinho.’

‘Não, de jeito nenhum! Você prometeu que a gente ia aproveitar o dia hoje. Eu não acredito que ela vai arruinar nossos planos...’ Anna começou a chorar.

O que ele ia fazer agora? Será que ela não podia simplesmente deixá-lo em paz? Qual o problema dessa mulher?

‘Anna, agora não dá. Eu preciso ir. A gente se fala mais tarde.’ Ele fechou a porta do escritório e a deixou lá, no meio do corredor.

A senhora Sttaford viu tudo da cozinha e veio até ela.

‘Você tem que ir’.

‘Mas não é justo.’

‘Como você sabe o que é justo e o que não é? Aquela é a mulher dele... a mãe da filha dele, será que você não entende?’

Anna foi embora sem dar uma palavra. Carl viu seu carro deixando a frente de casa, ele virou o rosto. Ele só conseguia pensar em Lynn.
Publicado por Cristiane Cardoso

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