SALMOS

"INSTRUIR-TE-EI E TE ENSINAREI O CAMINHO QUE DEVES SEGUIR; E, SOB AS MINHAS VISTAS, TE DAREI CONSELHO. NÃO SEJAIS COMO O CAVALO OU A MULA, SEM ENTENDIMENTO, OS QUAIS COM FREIOS E CABRESTOS SÃO DOMINADOS; DE OUTRA SORTE NÃO TE OBEDECEM."

SALMOS 32:8 e 9
































































sexta-feira, 1 de julho de 2011

Amor em Ruínas – A confissão

Continuação de quarta-feira passada...

‘Que lindas essas borboletas meu amor’ Lynn disse tentando evitar com que sua filha perguntasse por que ela saiu de casa há tanto tempo atrás.

‘A vovó que fez pra mim’ Lizzy sorriu. Ela parecia feliz em ver a mãe mas ao mesmo tempo parecia distante, sem saber o que dizer.

‘Qual é a sua favorita?’

‘Aquela’. Lizzy apontou para a borboleta mais bonita do quarto, bem em cima de sua cabeça.

‘Eu também acho que ela é a mais bonita... ela tem alguma estória?’

‘O nome dela é Lynn. Ela está sempre tomando conta de mim enquanto eu durmo’. Lizzy virou o rosto, se levantou e foi pegar algo em sua mesinha.

Os olhos de Lynn se encheram de lágrimas, mas continuou brincando.

‘Tenho certeza que sim meu amor, do mesmo jeito que eu estou sempre pensando em você.’

‘O papai disse que você estava ocupada e que não podia conversar comigo... então ele tirou todas as suas fotos da casa...’

‘Oh Lizzy...’ Lynn a abraçou. Eu te amo tanto. Você acredita em mim?’

‘Sim mamãe. Eu te amo também.’

As duas se abraçaram, Carl estava ouvindo por detrás da porta. Ele queria entrar e abraçar as duas, mas em vez disso bateu na porta.

‘Posso entrar?’

‘Sim papai, entra!’ Lizzy deixou os braços de sua mãe e foi direto para os de seu pai.

‘Lizzy, a vovó está te chamando lá em baixo. Ele disse que é importante... nós não vamos a lugar algum tá bem coração?

E assim Lizzy saiu do quarto deixando o casal sozinho. O ar ficou pesado, Lynn não sabia pra onde olhar, ela ficou sentada na cama de Lizzy. Mas Carl sentou ao seu lado. Ele estava determinado a aproveitar essa chance pra conversar com ela.

‘O que você está fazendo aqui Lynn?’ Ele estava sério, embora não tivesse a intenção de falar tão friamente.

‘Eu queria ver a Lizzy... eu precisava vê-la. ‘Olhando pra baixo, se viu incapaz de completar a frase dizendo que também precisava vê-lo.

‘O que você quer? Você está de volta na cidade, você vai voltar pra vida da Lizzy?’ De novo, o que está de errado com ele, por que ele está sendo tão frio e indiferente? Ele pensou.

‘Não. Eu preciso voltar pra casa domingo à tarde. Eu estou trabalhando... mesmo porque a Lizzy parece estar indo bem com sua mãe e a Anna’. E odiou o fato de que parecia estar com ciúmes ao dizer essas últimas palavras.

‘A Anna não faz parte das nossas vidas, ela é simplesmente uma amiga.’

‘Eu a vi ontem, ela foi buscar a Lizzy na escola.’

‘Sim, eu não pude ir ontem então eu pedi um favor pra ela. Minha mãe tinha uma consulta e não podia ir, então eu não tive outra escolha.’

‘Mas ela parecia bem confortável ao entrar na nossa casa há umas horas atrás. Ela não parecia simplesmente uma amiga...’ E quando Carl tentou responder, ela o interrompeu. ‘Por favor Carl, você não precisa se explicar. Eu fui embora, você tem o direito de seguir em frente com sua vida!’

‘Foi isso que você fez?’ Ele perguntou olhando bem dentro de seus olhos.

‘É claro que sim. Eu não acho que somos um para o outro. Tá vendo... eu estou começando a me comportar exatamente do jeito que eu odeio e isso só acontece quando estou perto de você.’ Ela se levantou e foi até a janela.

‘Lynn você não precisa sair da cidade pra me evitar. Nós podemos viver em quartos separados... não precisamos viver como um casal, mas por causa da nossa filha, por favor volta... ela não está tão bem quanto você acha...’

‘Como assim?’ Ela olhou pra ele preocupada.

‘Ela está sempre irritada em casa. Já tivemos várias reclamações dela na escola. Obviamente isso é conseqüência dela sentir sua falta!’ Ele se levantou, olhando para as borboletas ele continuou ‘Ela pensa que você ainda está aqui mas em forma de borboleta.’

‘Eu sei, ela me contou. Não tem nada de errado com isso.’

‘Ah é? A sua filhinha, quando não está na escola, fica no quarto o dia todo. Não brinca mais lá fora, não tem mais nenhuma amiguinha. Mas conversa com a borboleta... isso é absurdo! Ela precisa de você...’

‘Eu também preciso dela, mas você não entende, eu sou uma pessoa amargurada quando fico perto de você!’ Seu tom era totalmente inapropriado. E foi aí que percebeu que precisava feri-lo um pouco mais fundo pra que ele entendesse.’ Você sabe o dia que eu te deixei? Eu viajei, conheci um estranho no avião e tive relações sexuais com ele.’

Carl olhou pra ela e pela primeira vez em sua vida, ela viu lágrimas em seus olhos. Ele não falou nada, simplesmente saiu do quarto. Nesse instante Lynn começou a chorar, ela tinha acabado de dar o último golpe, agora era impossível que um dia voltassem a ser um casal.

Ao subir as escadas, a mãe de Carl ouviu o que ela tinha dito. Ela o viu saindo do quarto chorando. Ela queria ir atrás de seu filho, confortá-lo, dizer pra que esquecesse essa mulher de uma vez, mas algo dentro dela a motivou a ir falar com a nora que tanto a odiava.
 
Publicado por Cristiane Cardoso

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